Ele tem o hábito de jurar por Allah, quer esteja dizendo a verdade ou não. Como ele pode fazer expiação desses juramentos?

Os juramentos são de três tipos:

1 – Um juramento obrigatório. Este é um juramento que uma pessoa quer dizer e tem certeza, referindo-se a algo no futuro que ela decide fazer ou não fazer. A regra sobre isso é que a expiação é obrigatória se o juramento for quebrado. Ibn Qudaamah (que Allah tenha misericórdia dele) disse: “Quem quer que jure fazer algo e não o faz, ou jura não fazer algo e o faz, deve oferecer expiação.” Não há divergência de opinião sobre este assunto entre os fuqaha’. Ibn 'Abd al-Barr disse: O juramento pelo qual a expiação é devida, de acordo com o consenso dos muçulmanos, é aquele referente a ações no futuro. Al-Mughni, 9/390.

2 – Juramentos involuntários. Isso se refere a jurar quando não havia intenção de fazer um juramento. Nenhuma expiação é devida em tais juramentos, porque Allah diz (interpretação do significado):

“Allah não vos culpa pela frivolidade em vossos juramentos, mas vos culpa pelo que vossos corações logram. E Allah é Perdoador, Clemente.”

[al-Baqarah 2:225]

‘Aishah (que Allah esteja satisfeito com ela) disse: Este versículo, “Allah não vos culpa pela frivolidade em vossos juramentos”, foi revelado sobre dizer: "Não, por Allah" e "Sim, por Allah”. Narrado por al-Bukhari, 4613.

Quem jura alguma coisa pensando que é exatamente como o que foi jurado, mas depois descobre que é diferente, não tem que oferecer expiação segundo a maioria dos estudiosos. Isso vem sob o título de juramentos não intencionais.

Ibn Qudaamah (que Allah tenha misericórdia dele) disse: “Quem quer que jure algo pensando que é como ele jurou, quando não é o caso, não precisa oferecer expiação, porque isso é uma espécie de juramento não intencional. A maioria dos estudiosos é da opinião de que nenhuma expiação é necessária para esse tipo de juramento”. Ibn al-Mundhir disse: Isso foi narrado por Ibn 'Abbaas, Abu Hurairah, Abu Maalik, Zuraarah ibn Awfa, al-Hasan, al-Nakha'i, Maalik, Abu Hanifah e at-Thawri.

Aqueles que disseram que este é um juramento não intencional foram: Mujaahid, Suleimaan ibn Yasaar, al-Awzaa'i, ath-Thawri e Abu Hanifah e seus companheiros.

A maioria dos estudiosos é da opinião de que nenhuma expiação é necessária para um juramento não intencional. Ibn 'Abd al-Barr disse: os muçulmanos concordam unanimemente sobre isso.

Isso porque Allah diz (interpretação do significado): “Allah não vos culpa pela frivolidade em vossos juramentos” [al-Baqarah 2:225]. Isso se enquadra nessa categoria, porque a pessoa não pretendia passar uma impressão errada, então é como se ela tivesse quebrado o juramento por engano.

De al-Mughni, 9/393

3 – Jurar falsamente sobre algo que está no passado. Este é um pecado grave e não há expiação para ele, de acordo com a maioria dos estudiosos, porque é muito grave para ser expiado.

Se isso for entendido, e os juramentos que você fez foram juramentos obrigatórios que você quebrou, então você deve oferecer expiação.

Se você esqueceu quantos juramentos houve, faça o possível para lembrar e oferecer expiação com base no que você acha que é mais provável, então estará absolvido.

Seja qual for o juramento que tenha a ver com fazer uma determinada ação, ou abster-se de uma determinada ação, apenas uma expiação é exigida em cada caso. Por exemplo, se você jurou que não falaria com Fulano, mas você quebrou aquele juramento e não ofereceu expiação, então você jurou novamente não falar com ele, e você quebrou o juramento novamente, você só tem que oferecer expiação uma vez. Isso é diferente do caso de você ter jurado não falar com ele, depois jurado não comer a comida dele, por exemplo. Nesse caso, você teria que oferecer a expiação duas vezes. Já discutimos isso em detalhes na resposta à pergunta n° 34730.