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702019/05/2009

O Islam lança aos não muçulmanos um olhar de misericórdia e compaixão?

Pergunta: 128862

Qual é a visão islâmica quanto à humanidade? Ela nos incentiva a amar e respeitar os outros como seres humanos, independentemente de suas religiões e raças?

Louvado seja Deus, e paz e bênçãos estejam sobre o Mensageiro de Deus e sua família.

A visão islâmica quanto à humanidade é cheia de misericórdia e compaixão e não pode ser de outra forma, porque o Islam é a última religião estabelecida por Allah, Exaltado seja, e Ele ordenou toda a humanidade a entrar nesta religião. Ele revelou esta religião e enviou-a ao mais compassivo da humanidade, Muhammad (que a paz e bênçãos de Allah estejam com ele). Isto é confirmado pelo versículo do Livro de Allah, onde Ele diz (interpretação do significado):

"E não te enviamos, senão como misericórdia para a humanidade." (al-Anbiya’ 21:107).

Quanto a isso, há ordens no Alcorão e na Sunnah dirigidas aos muçulmanos, instruindo-os a chamar as pessoas a afirmarem a Unicidade de Allah (Tawhid) e a dispensar de suas riquezas, tempo e deles mesmos para esse propósito. Este chamado é apenas por misericórdia e compaixão por todas as pessoas, para as salvar da servidão aos seus semelhantes e para que adorem o Senhor de todas as pessoas; para as salvar do constrangimento desta vida mundana e para as trazer à abundância desta vida e da próxima, mesmo se eles (pais) tentem bastante para manter as suas crianças longe do Islam e lhes digam para associar outros a Allah e para descrer. Allah, Exaltado seja, diz quanto a isso (interpretação do significado):

"E recomendamos ao Homem benevolência para com os seus pais. Sua mãe o suporta, entre dores e dores, e sua desmama aos dois anos. (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque o retorno será a Mim.

E, se ambos lutam contigo, para que associes a Mim aquilo de que não tens ciência, não lhes obedeças. E acompanha-os, na vida terrena, convenientemente. E segue o caminho de quem se volta contrito para Mim. Em seguida, a Mim será vosso retorno; então, informar-vos-ei do que fazíeis”

[Luqmaan 31:14-15].

O Islam nos recomenda benevolência para com os vizinhos, mesmo que eles não sejam muçulmanos.

Al-Qurtubi (que Allah tenha misericórdia dele) disse:

Eu digo: baseado nisso, a benevolência para com os vizinhos é ordenada e recomendável, sejam eles muçulmanos ou não. Isto é o correto a fazer. A benevolência pode assumir a forma de ajuda, ou o bom trato dos vizinhos, evitando o incômodo e tomando a sua defesa. Al-Bukhari narrou de ‘Aa’ishah que o Profeta (que a paz e bênçãos de Allah estejam com ele) disse:“Jibril insistiu em me recomendar a benevolência para com os vizinhos até ao ponto que eu pensei que ele lhes iria atribuir uma parte da minha herança”. Foi narrado a partir Abu Shurayh que o Profeta (que a paz e bênçãos de Allah estejam com ele) disse:“Por Allah, não será crente; por Allah, não será crente; por Allah, não será crente.” Foi perguntado “Quem, ó Mensageiro de Allah?”. Ele respondeu: “Aquele cujo vizinho não está a salvo do seu incômodo”.Isto é geral em significado e se aplica a qualquer vizinho, e o Profeta (que a paz e bênçãos de Allah estejam com ele), salientou que o vizinho não deve ser incomodado jurando três vezes e afirmando que aquele que incomodar o seu vizinho não é crente na sua forma completa. Então o crente deve ser cauteloso em não incomodar o seu vizinho e deve manter-se longe do que Allah e Seu Mensageiro proibiram; ele deve esforçar-se em buscar o que Lhe agrada e encorajar os outros.

Sobre isso, Allah, Exaltado seja, disse (interpretação do significado):

“Allah nada vos proíbe, quanto aqueles que não vos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Allah aprecia os equitativos.”

[al-Mumtahanah 60:8].

Noutras palavras, Allah não o proíbe de ser gentil, de manter os laços, de retribuir favores, de adotar uma atitude justa para com os mushrikin (politeístas) sejam eles seus parentes ou outros, desde que eles não estejam a lutar contra você por conta de sua religião e dede que não o persigam para despejá-lo do seu lar. Não há então nenhum problema em manter uma boa relação com eles, uma vez que tais atitudes não implicariam em nada que leve a consequências negativas. Foi narrado de Abdullah ibn Amr (que Allah esteja satisfeito com ele) que o Profeta (que a paz e bênçãos de Allah estejam com ele) disse:“Quem mata um mu’aahid (não-muçulmano vivendo sob proteção dos muçulmanos) não irá cheirar a fragrância do Paraíso, embora ela seja perceptível a uma distância de quarenta anos.”Relatado por al-Bukhari, 2995

O que se entende aqui é que se trata de uma pessoa que tem um acordo com os muçulmanos, seja ele o pagamento de dízimos ou um tratado de paz concedido pelo governante muçulmano ou uma garantia dada por um muçulmano.

Há um hadith que fala disso. O Mensageiro de Allah (que a paz e bênçãos de Allah estejam com ele) disse:“Se alguém prejudicar um mu’aahid, detrair dos seus direitos, impor mais trabalho do que ele é capaz de fazer ou tirar algo dele sem o seu consentimento, eu implorarei por ele (o mu’aahid) no Dia da Ressurreição.” Narrado por Abu Dawud, 3052; classificado como sahih por al-Albani em Sahih Abu Dawud.

Se qualquer um dos não muçulmanos vier às nossas terras afim de trabalhar ou fazer comércio e tiver permissão (das autoridades), ele é considerado um mu’aahid (aquele que tem um tratado com os muçulmanos) ou um musta’min (aquele a quem foi concedida segurança pelos muçulmanos). Portanto, não é permitido transgredir contra ele. Foi comprovado que o Profeta (que a paz e bênçãos de Allah estejam com ele) disse:“Quem matar um mu’aahid não sentirá o cheiro da fragrância do Paraíso”. Nós somos muçulmanos submissos à ordem de Allah, que Ele seja glorificado e exaltado, e nós respeitamos os aqueles que o Islam nos instrui a respeitar, entre aqueles que têm tratados e garantias de segurança. Quem transgredir contra eles representa mal o Islam e dá ao Islam uma imagem de terrorismo, perfídia e traição. Aquele que está em conformidade com as regras do Islam e respeita os seus acordos e contratos, é aquele de quem esperamos o bem e a felicidade.

Sobre isso, Allah, Exaltado seja, diz (interpretação do significado):

“Que o ressentimento contra aqueles que trataram de impedir-vos de irdes à Mesquita Sagrada não vos impulsione a provocá-los”

[al-Maa’idah 5:2]

“que o ódio aos demais não vosimpulsione a serdes injustos para com eles. Sede justos, porque isso está mais próximo da piedade”

[al-Maa’idah 5:8].

Observe o que estes versículos contêm de nobres características e a ordem a responder quanto àquele que desobedece a Allah quanto a ti, obedecendo a Allah quanto a ele.

No entanto, além do que foi dito acima, é essencial confirmar alguns pontos importantes:

Não há comparação nenhuma entre o que a Terra tem visto os não muçulmanos fazer e o que os muçulmanos têm feito. As duas guerras mundiais nas quais 70 milhões de pessoas foram mortas foram guerras “cristãs”.

Depois temos a ocupação de terras muçulmanas e a exploração dos seus recursos, que aconteceu e ainda está a acontecer pelas mãos dos não muçulmanos de todas as religiões. Isto deve ser levado em conta ao falar sobre a visão islâmica sobre a humanidade, o amor e a compaixão. Os historiadores justos devem comparar as conquistas muçulmanas em outros países com as campanhas dos cruzados, por exemplo, para ver como os dois aconteceram. Isto permitirá ver claramente a diferença entre a compaixão e a crueldade, e entre o amor e o ódio, entre a vida e a morte.

O que já dissemos sobre a visão que o Islam lança sobre os não-muçulmanos e as suas disposições refletem o maior nível de amor, compaixão e misericórdia. No entanto, isso não significa que devemos negligenciar algumas regras que algumas pessoas ignorantes querem que negligenciemos.

Por exemplo:

(a)

No Islam é proibido amar os não muçulmanos e tomá-los como amigos íntimos. Qualquer um que tenha senso comum pode distinguir entre bondade, justiça, compaixão e misericórdia, por um lado, que fomos intimados a mostrar a um não muçulmano que não está em um estado de guerra conosco, e amor, por outro lado, que não estamos autorizados a sentir pelos incrédulos por causa de sua descrença em Deus, o Senhor dos Mundos, e devido a não serem muçulmanos.

(b)

Não nos é admissível dar nossas filhas, irmãs e outras mulheres em casamento a um não-muçulmano, não importa de que religião for, enquanto que é permitido para nós (homens muçulmanos) casar somente com as mulheres do Povo do Livro, judias e cristãs, que sejam castas. Sem dúvida, a 'Aquidah (crença) e Tawheed (afirmar a Unicidade de Allah) desempenham um papel importante nesta decisão, pois é muito provável e possível que uma mulher kitaabi (judia ou cristã) que seja casada com um muçulmano possa se tornar muçulmana, enquanto que é muito possível e provável que uma mulher muçulmana possa ser tentada para longe de sua religião ao se casar com um não-muçulmano. Esta decisão é inteiramente de acordo com a compaixão e misericórdia das decisões desta grande religião: esta representa a compaixão para com a mulher judia ou cristã na esperança de que ela possa se tornar muçulmana e para com a mulher muçulmana para que ela não deixe sua religião.

(c)

Não faz parte do Islam forçar um não-muçulmano a entrar nesta religião, porque a sinceridade é uma das condições de aceitação do Islam. E Allah, Exaltado seja, diz (interpretação do significado):

“Não há compulsão na religião!”

[Al-Baqarah 2:256].

(d)

O Islam prescreve o apedrejamento para o adúltero casado, cortar a mão para o ladrão, e o açoitamento para quem difame a honra de uma mulher casta. Nós não sentimos vergonha dessas leis; em vez disso, acreditamos firmemente que o mundo inteiro tem necessidade da aplicação destas leis. Se as pessoas fizerem isso, elas viverão em uma atmosfera de segurança no que diz respeito à sua honra, seus bens e suas vidas, a salvo de transgressões contra elas. Qualquer pessoa prudente, que pondere nessas regras irá perceber que elas foram prescritas, em primeiro lugar, para que ninguém se atreva a fazer essas coisas. Qualquer um que olhe para o estado de outras nações, e vir como estão difundidos os crimes de estupro, roubo e assassinato, irá perceber que há uma necessidade urgente de acabar com isso, e que as regras do Islam são baseadas em sabedoria, misericórdia, justiça e cuidado.

E Deus sabe melhor.

A Fonte

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